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sábado, 5 de setembro de 2009

EM BUSCA DE RECONHECIMENTO

As aventuras da “Gangue do Arroz Doce”

Esta matéria não é sobre rally, mas bem que poderia ser. É a história de uma turma disposta a lutar, literalmente, pelo que quer. Atletas dedicadas, onde vemos em seus olhares a vontade de vencer. São karatecas que saíram de Cascavel com o peito e a coragem rumo à Sinop no Mato Grosso. Mais de dois mil quilômetros de estrada e muitas aventuras. No percurso, passaram por estrada de chão, viram bichos “estranhos”, se perderam, mas chegaram à competição em cima da hora e venceram. Prova máxima que a dedicação e a vontade levam sim, o atleta longe quando estão em busca de suas conquistas, apesar de nenhum patrocínio efetivo.

Na estrada

“Nos perdemos. Fomos seguir o mapa do sansei (professor) para desviar de Cuiabá para chegar entes e atrasamos quatro horas. Mas foi muito divertido. A gente aprende muito viajando”, comentou a pequena Isabelly Didati de 10 anos e duas medalhas de ouro no peito. Junto dela, Ana Flávia dos Santos, 12, Ághata Marques, Polyana Leal além de Biron Penteado, 11, que não estava na academia na hora da entrevista (tinha prova na escola), mostravam orgulhosas suas conquistas estampadas não somente sobre o quimono, mas nos olhares confiantes que toda criança tem.

“Esses atletas valem ouro não só pelas conquistas desse torneio (Copa Aransan) que reuniu lutadores de todo o país, mas pela fibra e pela determinação. Foi uma viagem muito desgastante, chegamos em cima da hora. O potencial dessa turma deve ser valorizado”, comentou o sansei Valmir de Souza Penteado.

No caminho surgiu todo tipo de conversa e de descobertas. Além dos lugares mais inóspitos por onde passaram e animais estranhos, a equipe se alto intitulou Gangue do Arroz Doce. “Foi uma coisa que o Biron inventou, nem sei o porquê. Mas nos divertimos muito”, explicaram as meninas.

Elas foram a Sinop pela Akadac (Academia de Karatê de Dança de Cascavel), onde representaram o Paraná no estilo Seigokai. “Terminamos em quarto lugar na classificação geral, mas com mais medalhas que o primeiro colocado”, explica Penteado. O vencedor geral teve 10 medalhas de ouro, enquanto os cascavelenses conquistaram 12, no entanto, perderam no quesito pontos, 208 a 140, por terem menos atletas participantes.

Orgulho das mães

Junto das meninas, as mães orgulhosas falavam da luta delas para levar suas filhas ao torneio. “A gente faz o que pode. Tira dinheiro de onde não tem para que elas possam praticar o esporte. Melhor o esporte que se envolver com coisas que não prestam”, diz Isolete Didati, mãe de Isabelly.

Para Paula Marques, mãe de Ághata, todo sacrifício vale à pena. “Temos a ajuda da FoxLux Matériais Elétricos que ajuda minha filha conforme pode. Só assim para podermos competir, porque é bem complicado toda a vez ter que tirar dinheiro do bolso”, diz. Rose Leal, mãe da pequena Polyanna, concorda. “É uma batalha que vale à pena quando elas sobem ao lugar mais alto do pódio”, comenta. Dona Rose serviu na viagem, de “travesseiro” das atletas. “Fui cuidando delas para que não cansassem tanto, daí elas dormiram no meu colo. Quando chegamos, nem sentia mais minhas pernas”, comenta rindo.

Busca de apoio

Agora as atletas correm atrás de patrocínio para competir no Sul-Americano que acontecerá no próximo mês em Foz do Iguaçu. “É mais perto para nós e por isso não teremos tanta despesa. Mas é importante contar com alguma empresa ou alguém que possa nos ajudar, porque mais uma vez, iremos para fazer bonito”, cometa Isolete. Caso alguém esteja disposto a contribuir com essa equipe campeã, pode entrar em contato com Isolete pelo telefone 45 8416 5905 ou 9971 7810. Segundo as atletas, quem ajudar não irá se arrepender, porque força de vontade e dedicação, não falta a elas.

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