Mais uma vez o Blog Esporte Cascavel abre espaço para seus leitores e amigos. Hoje, o texto de Bruno Pasqualotto, um inquiéto piloto em busca da regulagem perfeita em seus inúmeros veículos e 'rato' dos bastidores do mundo da velocidade. Vale a pena a leitura acerca de uma 'entidades' das pistas cascavelenses retratadas aqui por Bruno: Beck - A lenda. Acompanhe:
A lenda
Por Bruno Pasqualotto
rachacascavel.com
Há mais ou menos 5 anos as competições de arrancada do sul do Brasil ganharam um integrante que viria apenas para brincar nos desafios e por ventura uma participação singela em alguma prova com nível superior. O bólido, um Corsa Hatch equipado com motor GM OHC 1.8 originalmente de um Astra e um câmbio que acoplava os Vectras da época, com uma preparação turbo simples e um acerto feito na própria injeção eletrônica original, similar a de um carro comum de rua, somando isto a um piloto antigo conhecido do circo cascavelense da velocidade, assim nosso amigo Beck chegou devagar nos, até então, rachas noturnos.
Por sua vez o novo brinquedo a ser admirado, sempre muito polido e limpo nas suas apresentações ganhou o carinhoso apelido de “Ervilha” herdado de sua coloração verde metálica, assim o “Ervilha” surpreendentemente não foi apenas mais um “carrinho” de rua que veio para somar nos nossos desafios e o valente bólido chega não somente para participar e sim para incomodar muita gente que vinha andando há tempos na frente. Beck e seu brinquedo viraram polêmica não somente em Cascavel-PR, mas em todo lugar por onde passou pois sempre estava nos lugares mais altos do pódio no final de cada competição e devido a isso começaram as especulações onde alguns diziam que era o “carrinho da mamãe” que veio andando forte e outros já afirmavam com franqueza que nosso piloto omitia informações sobre a preparação e possuía sim um equipamento muito mais avantajado que outrora havia divulgado, cogitavam pistões e bielas forjadas, cabeçote preparado, comandos e tuchos de competição e muito mais que poderia passar pela ciência de um preparador para conseguir alcançar os aproximadamente 330HP que o “carrinho da mamãe” soltava no abaixar das luzes de largada.
Esta retrospectiva sobre nosso protagonista “Ervilha” foi justamente para chegar ao objetivo principal da resenha coloco a você caro leitor. Depois de 5 anos polemizando as competições de arrancada por onde passou, o Corsinha finalmente teve uma quebra mais séria, uma perca de compressão repentina numa prova no Rio Grande do Sul e nosso amigo volta pra Casa com o motor quebrado ocasionando assim dois fatos muito intrigantes para os que convivem em nosso meio. Primeiramente o fato de que nosso grande amigo Beck pagou um churrasco para todo pessoal que sempre está junto nas provas, o que para você leitor pode parecer comum, para nós é muito estranho. Brincadeiras a parte, fizemos uma reunião na oficina do nosso amigo “Marmita” para abertura do tão polêmico motor, este que por sua vez chegou ainda rodando para sua incisão.
Enquanto os profissionais desmontavam o carro em particular relata Beck. “Se tiver acontecido algo muito grave faremos o novo projeto todo forjado e assim fazer jus ao que sempre falaram por ai”. Muitos curiosos e outros ansiosos para ver qual a real montagem do motor que por tanto tempo foi motivo de discussões e alegrias para seu proprietário, e assim nas fotos que seguem todos podem conferir que além do “carrinho da mamãe” possuir um motor 1.8 inteiramente original a quebra que ocasionou tudo isso foi apenas a trinca de um dos pistões o que não é nada fora do normal para um turbo de rua, muito menos de competição.
O fato amigos é que o “Ervilha” volta as pistas com sua preparação simples e eficaz e torna-se assim uma prova de que a busca dos amantes da velocidade deve ser por um bom acerto casado diretamente com uma pilotagem comprometida com resultados.
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