Brasil passeou. A equipe de Dunga fez o que se faz na Bahia, curtiu o clima. Mesmo com chuva, o "axé" pra cima dos chilenos foi a confirmação daquilo que desde 1994 temos receio em afirmar: na seleção todos são substituíveis. A era Romário nos fazia crer que cada posto na seleção tinha cadeira cativa. Ninguém tem. Foi assim com Roberto Carlos, que de xodó da torcida, foi jogado ao purgatório do esquecimento depois do fiasco contra a França em 2002. A saída do "rei" da lateral esquerda abriu espaço para muitos outros talentos. Ronaldinho Gaúcho cadê?
A saída de Luiz Fabiano veio numa boa hora. Deu chances a Nilmar confirmar a sua fase e a Adriano, o Imperador sem Império, em mostrar que cada jogador tem validade. A nova geração dará sobre-fôlego à seleção brasileira.
Mas que Dunga deixe os bons e velhos “carregadores de piano”, como Lúcio, Kaká e Juan. Porque os substitutos têm por trás de suas habilidades (por vezes efêmeras), os insubstituíveis de sempre.
*Diego Krüger é jornalista e substituível
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